🧠 O que significa viver com autismo?
Viver com autismo significa experimentar o mundo a partir de uma perspectiva única e profundamente diferente da maioria das pessoas. Pessoas com autismo podem processar os estímulos sensoriais, como sons, luzes, linguagem e emoções, de uma forma que muitas vezes não coincide com a maneira como outras pessoas fazem. Não se trata de ter menos capacidades ou limitações, mas sim de ter um estilo próprio e particular de perceber, interpretar e se conectar com o ambiente e com as pessoas ao redor. Essa diferença torna a experiência de vida rica em nuances, mas também pode gerar dificuldades na comunicação e na interação social, caso não recebam o acompanhamento adequado.
👉 Por exemplo, algumas crianças dentro do espectro podem demorar mais tempo para desenvolver habilidades como a fala ou o jogo social com outras crianças, o que não significa que não possam alcançar esses marcos, mas sim que o processo de aprendizagem delas é diferente e merece ser respeitado. Por outro lado, existem crianças autistas que apresentam talentos extraordinários em áreas muito específicas, como lembrar dados com grande precisão, fazer desenhos detalhados, construir objetos complexos ou identificar padrões em diferentes atividades. Esses dons são exemplos de como o cérebro autista pode funcionar com um nível de especialização ou foco que surpreende e enriquece a visão de todas as pessoas.
🎯 O que realmente importa é entender que, por trás de cada comportamento, reação ou atitude, existe uma necessidade fundamental que a pessoa está tentando comunicar. Essa necessidade pode estar relacionada à busca por segurança, à expressão de desconforto, ao pedido de ajuda ou simplesmente a uma forma diferente de se relacionar com o mundo. Reconhecer essa dimensão humana é a base para criar vínculos autênticos e oferecer apoios que realmente impactem de forma positiva a qualidade de vida de quem vive com autismo.


🛠️Quais apoios podem ajudar?
Não existe um único caminho nem uma fórmula mágica para acompanhar pessoas com autismo. Cada indivíduo é único, e suas necessidades de apoio variam conforme múltiplos fatores, como idade, interesses pessoais, nível de comunicação e ambiente social. Por isso, é fundamental criar estratégias personalizadas que respondam às suas características específicas e que promovam seu desenvolvimento integral, sempre respeitando sua identidade e autonomia.
💬 Entre os apoios mais comuns e eficazes que costumam ajudar pessoas com autismo, podemos destacar:
Terapias da fala ou fonoaudiologia: Essas terapias têm como objetivo melhorar a capacidade comunicativa, desde o desenvolvimento da fala até a compreensão da linguagem, usando ferramentas e técnicas adaptadas para facilitar a expressão e a interação com outras pessoas.
Terapias ocupacionais: Visam potencializar as habilidades motoras e sensoriais que influenciam a vida diária, promovendo autonomia em atividades básicas como se vestir, alimentar-se ou manipular objetos, além de trabalhar a integração sensorial para reduzir a sobrecarga ou a sensibilidade extrema.
Apoios visuais: Esses recursos incluem pictogramas, agendas visuais, cartões com imagens ou símbolos, calendários e horários ilustrados. Sua função é trazer clareza e estrutura, facilitando a antecipação e compreensão das atividades, o que contribui para diminuir a ansiedade e melhorar a participação.
Espaços tranquilos e previsíveis: Criar ambientes seguros e organizados é essencial para que a pessoa se sinta protegida e possa se autorregular. Esses espaços devem ser estáveis, com poucos estímulos que distraiam, e funcionar como refúgios onde a pessoa possa descansar e se recuperar em situações estressantes.
Atividades motivadoras e centradas nos interesses: Respeitar e valorizar os interesses específicos de cada pessoa é uma forma poderosa de promover o aprendizado, a comunicação e o desenvolvimento social, já que a motivação gera um compromisso genuíno e maior disposição para participar e crescer.


💡 Como promover uma verdadeira inclusão?
A verdadeira inclusão vai muito além de simplesmente permitir que uma pessoa com autismo esteja fisicamente presente em um lugar, seja uma escola, um centro comunitário ou um espaço público. A inclusão autêntica implica transformar esse lugar para que seja um ambiente realmente acessível, respeitoso e empático, que valorize a diversidade e garanta a participação plena e significativa de todas as pessoas, independentemente das suas diferenças.
🤝 Para alcançar essa inclusão real, é fundamental considerar algumas chaves essenciais que orientam a prática diária:
Falar sobre autismo com naturalidade e sem medo, utilizando informações claras, precisas e baseadas no respeito, para derrubar mitos e promover a compreensão.
Incluir materiais adaptados nos ambientes educativos e familiares, como recursos visuais, apoios tecnológicos ou metodologias flexíveis, que facilitem o acesso à aprendizagem e à comunicação.
Ensinar toda a comunidade a respeitar e valorizar o que é diferente, promovendo a empatia e a convivência baseada na aceitação das particularidades de cada pessoa.
Ouvir sempre de forma ativa e sincera as pessoas autistas e suas famílias, reconhecendo suas experiências e saberes, para construir juntos soluções que atendam às suas necessidades reais.
Trabalhar constantemente para eliminar preconceitos e estereótipos, entendendo que não existe uma única maneira correta de ser, sentir ou aprender, e que a diversidade é uma riqueza que enriquece a todos.


🌟A importância da linguagem respeitosa
As palavras que escolhemos para falar sobre o autismo não são termos simples; elas têm um impacto profundo na percepção social, na autoimagem das pessoas autistas e na construção de um ambiente inclusivo e respeitoso. Por isso, é fundamental usar uma linguagem que reflita dignidade, respeito e reconhecimento, evitando expressões que possam ser estigmatizantes, limitantes ou pejorativas.
✅ Por exemplo, é recomendável dizer “pessoa autista” ou “pessoa com autismo”, pois essas formas reconhecem a identidade sem patologizar nem reduzir a pessoa à sua condição.
❌ Em contrapartida, devemos evitar expressões como “doente”, “sofre de” ou “padece de autismo”, que implicam uma visão negativa e médica que não representa a realidade nem o valor humano de quem vive com essa condição.
✅ Também é possível dizer que uma pessoa “tem uma forma diferente de se comunicar”, destacando a diversidade na expressão e na linguagem.
❌ Devemos evitar frases como “não se relaciona” ou “não entende”, que desqualificam e generalizam de forma injusta, minimizando as capacidades e as formas diferentes de conexão que existem.
Uma linguagem respeitosa constrói pontes, promove a inclusão e fortalece a autoestima, contribuindo para criar uma sociedade mais justa e compassiva.


📘 Quais apoios podem ajudar?
Não existe um único caminho nem uma fórmula mágica para acompanhar pessoas com autismo. Cada indivíduo é único e suas necessidades de apoio variam conforme diversos fatores: idade, interesses, nível de comunicação e ambiente. Por isso, é essencial desenvolver estratégias personalizadas que respeitem sua identidade e promovam seu desenvolvimento integral.
💬 Entre os apoios mais comuns e eficazes, destacam-se:
Terapia da fala (fonoaudiologia): Focada no desenvolvimento da comunicação — desde o discurso até a compreensão — utilizando ferramentas adaptadas que facilitam a interação com outras pessoas.
Terapia ocupacional: Trabalha habilidades motoras e sensoriais importantes para atividades diárias (vestir-se, alimentar-se, manipular objetos), além de promover a integração sensorial para reduzir sobrecargas ou sensibilidades extremas.
Apoio visual: Inclui pictogramas, agendas visuais, cartões com imagens, calendários e horários ilustrados. Esses recursos proporcionam clareza e estrutura, facilitando a antecipação e compreensão das atividades, diminuindo a ansiedade e melhorando a participação.
Espaços tranquilos e previsíveis: Áreas seguras e organizadas ajudam na autorregulação emocional. Esses espaços devem ser estáveis, com estímulos reduzidos, funcionando como refúgios em momentos de estresse.
Atividades motivadoras centradas em interesses: Valorizar os interesses específicos de cada pessoa é uma excelente estratégia para fomentar o aprendizado, a comunicação e as relações sociais, pois a motivação gera engajamento genuíno e crescimento.
📚 Livros recomendados em português
Essas obras podem inspirar e guiar famílias e profissionais em sua jornada com crianças com autismo:
Autismo: O que fazer e o que evitar: Guia prático para professores do Ensino Fundamental — aborda estratégias inclusivas e pedagógicas.
El Autismo Revelado aos 24 Anos: Narrativa em primeira pessoa que oferece uma visão profunda e humana do autismo adulto.
Além dessas, destacam-se livros amplamente disponíveis:
“Simplificando o Autismo: Para pais, familiares e profissionais”, leitura acolhedora e sensível sobre o TEA psiquiatrajaquelinebifano.com.br+15amazon.com.br+15hogrefe.com+15instagram.com+2fnac.pt+2hogrefe.com+2amazon.com.br
“Autismo: Humano à sua maneira – Um novo olhar sobre o Autismo” de Barry Prizant — abordagem empática e baseada em evidências amazon.com.br
“Cérebro Singular: Como estimular crianças no espectro autista” de Mayra Gaiato — orientações práticas para o cotidiano rhemaneuroeducacao.com.br+2amazon.com.br+2pt.wikipedia.org+2
“O cérebro autista: Pensando através do espectro” de Temple Grandin e Richard Panek — clássica obra que mescla experiência pessoal e ciência amazon.com.br+15amazon.com.br+15quelivrocomprar.com.br+15
“Autismo e Inclusão – Psicopedagogia e Práticas Educativas na Escola e na Família” de Eugênio Cunha — guia para aplicação em ambientes educativos amazon.com.br+15quelivrocomprar.com.br+15rhemaneuroeducacao.com.br+15
“Outro Olhar” e “Danielle, Asperger” de Sophia Mendonça — memórias escritas por uma pessoa com autismo, oferecendo perspectiva pessoal


💬 Ouvir pessoas autistas: a voz mais importante
Nenhum guia, manual ou teoria sobre o autismo pode ser realmente completo ou válido se não incluir, em sua essência, a experiência direta e vivida das pessoas autistas. Elas não são meros objetos de estudo ou diagnóstico, mas sim as protagonistas dessa história, que precisa ser contada a partir de suas vozes, seus olhares, suas emoções e suas necessidades reais.
É essencial que, em qualquer contexto relacionado ao autismo — seja na educação, na saúde, no convívio social ou no trabalho — se ouça com atenção, respeito e abertura o que as pessoas autistas têm a dizer. Somente a partir de seus relatos autênticos é possível compreender profundamente o que sentem, o que pensam e como percebem o mundo ao seu redor.
Essa perspectiva representa uma mudança significativa na forma como a sociedade se relaciona com o autismo. Já não basta aplicar protocolos, tratamentos ou intervenções baseadas em critérios externos. É preciso abrir espaço para um diálogo genuíno com quem vive o autismo em primeira pessoa. Cada relato, cada vivência, cada modo único de ser e de se comunicar traz um conhecimento valioso que nenhuma teoria acadêmica ou estatística pode substituir.
Ouvir pessoas autistas é reconhecê-las como sujeitos de direito, com autonomia, desejos, capacidades e uma identidade própria que merece ser valorizada e respeitada.
🎙️ Uma frase que resume essa ideia de maneira tocante é:
"Ser autista não me faz menos, me faz diferente. E ser diferente não é algo que precisa ser consertado." — Testemunho anônimo
Essas palavras simples e fortes nos convidam a transformar nosso olhar e a romper com preconceitos antigos que associam diferença à deficiência ou à necessidade de correção. A diversidade neurológica é uma expressão da riqueza humana, e as pessoas autistas trazem formas únicas de compreender e se relacionar com o mundo. Essas formas não devem ser vistas como erros a corrigir, mas como variações legítimas e valiosas da condição humana.
Ouvir esses testemunhos não é apenas prestar atenção ao que é dito — é também abrir o coração para compreender o valor da autenticidade, da identidade e da liberdade de ser como se é. Em um mundo que muitas vezes tenta padronizar comportamentos e pensamentos, a voz das pessoas autistas é um chamado urgente à inclusão real, ao respeito profundo e à aceitação incondicional.
Além disso, suas experiências oferecem pistas fundamentais para melhorar a qualidade de vida das pessoas autistas. Mostram quais apoios realmente ajudam, quais práticas e ambientes podem ser prejudiciais, e como podemos criar espaços mais amigáveis e acessíveis. Também contribuem para desconstruir mitos e crenças equivocadas que geram isolamento e estigma, promovendo, em seu lugar, uma cultura de compreensão e solidariedade.
Em resumo, reconhecer e valorizar a voz das pessoas autistas é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa, inclusiva e humana. É um ato de justiça, dignidade e respeito. É enxergar além do diagnóstico e descobrir a riqueza de cada ser humano, com seus talentos, seus sonhos e seus direitos.
Por isso, todo esforço para acompanhar, apoiar ou promover o bem-estar de pessoas com autismo deve partir da escuta ativa e contínua de suas vozes — pois são elas as verdadeiras guias para entender o que é ser autista e como podemos construir juntos um mundo em que todas as diferenças sejam celebradas.




❓ Perguntas Frequentes (FAQ)
🔹 O autismo tem cura?
Não. O autismo não é uma doença nem um transtorno que possa ser curado. É uma condição neurológica do desenvolvimento que acompanha a pessoa ao longo de toda a vida. No entanto, com os apoios adequados, intervenções personalizadas e um ambiente compreensivo, cada pessoa pode desenvolver ao máximo suas habilidades, ter uma vida plena e satisfatória e contribuir de forma significativa para a sociedade.
🔹 É possível que alguém seja autista sem que isso seja percebido?
Sim, é totalmente possível. Muitas pessoas autistas — especialmente mulheres ou aquelas com altas habilidades cognitivas — aprendem a “camuflar” suas características para se adaptar ao ambiente social. Esse camuflamento pode dificultar o diagnóstico e o reconhecimento precoce. No entanto, costuma exigir um grande esforço emocional e pode gerar estresse, por isso é importante estar atente a sinais mais sutis.
🔹 O autismo está sempre relacionado à deficiência intelectual?
Não necessariamente. O autismo é um espectro muito amplo e cada pessoa é única. Algumas pessoas autistas têm deficiência intelectual, enquanto outras apresentam inteligência dentro da média ou até acima dela. Por isso, não se deve generalizar nem reduzir o autismo a uma única característica.
🔹 Pessoas autistas podem ter amigues ou parceires?
Com certeza! As formas de se relacionar podem ser diferentes das convencionais, mas pessoas autistas desejam e valorizam os vínculos afetivos e sociais. Com respeito, comunicação aberta e compreensão mútua, é totalmente possível construir amizades, relações amorosas e laços familiares que sejam enriquecedores e essenciais para o bem-estar emocional.
🏫 Autismo na Escola


A escola deve ser muito mais do que um lugar onde se transmite conteúdo acadêmico; precisa ser um espaço integral que promova o bem-estar emocional, social e cognitivo de todas as crianças — incluindo aquelas com autismo. Isso significa reconhecer que cada criança é única, e que as diferenças na forma de aprender, se comunicar e se relacionar devem ser respeitadas e valorizadas. Para que isso aconteça, é essencial implementar práticas educativas inclusivas, adaptadas e flexíveis, que não apenas permitam a participação ativa de estudantes autistas, mas que também fortaleçam suas habilidades e seu desenvolvimento pessoal em um ambiente seguro e motivador.
🔹 Algumas recomendações importantes para promover um ambiente escolar inclusivo e acolhedor:
✅ Criar rotinas claras e visuais:
É fundamental estabelecer horários e atividades previsíveis por meio de esquemas, calendários ou quadros visuais que ajudem os estudantes a entender o que esperar ao longo do dia. Isso reduz significativamente a ansiedade gerada por mudanças inesperadas e oferece uma estrutura estável e previsível, onde a criança pode se sentir segura.
✅ Utilizar apoios visuais específicos:
Ferramentas como pictogramas, imagens, agendas ilustradas e sinais visuais facilitam a comunicação e a organização do tempo. Esses recursos são especialmente úteis para compreender instruções e antecipar as diferentes atividades do dia a dia escolar.
✅ Permitir pausas e espaços tranquilos:
É importante reconhecer que a criança pode precisar se retirar temporariamente para um espaço calmo quando estiver se sentindo sobrecarregada. Esses momentos de descanso são essenciais para ajudar na autorregulação emocional e evitar o estresse excessivo.
✅ Promover empatia entre colegas:
Atividades como rodas de conversa, histórias e dinâmicas em grupo podem ajudar a sensibilizar a turma sobre a diversidade e a importância da inclusão. Assim, é possível construir um clima de respeito, amizade e apoio mútuo, onde cada criança se sinta acolhida e valorizada.
✅ Evitar forçar contato físico ou social:
É fundamental respeitar os limites individuais e a forma única com que cada criança autista prefere interagir. Forçar a socialização pode causar desconforto ou ansiedade. Por isso, o ideal é permitir que a criança se relacione no seu próprio tempo, com apoio e incentivo, mas sem pressão.
Essas estratégias, quando aplicadas com constância e sensibilidade, não apenas criam um ambiente escolar mais inclusivo, como também fortalecem a autoestima das crianças autistas e tornam o processo de aprendizagem mais significativo e prazeroso.


👨👩👧👦 O Papel da Família
A família é o primeiro e mais importante refúgio para uma pessoa autista. É o grupo essencial que acompanha seu crescimento, desenvolvimento e bem-estar ao longo de toda a vida. A participação familiar é fundamental para oferecer apoio emocional, estabilidade e segurança — elementos essenciais para que a pessoa possa se desenvolver plenamente. Além disso, a família atua como ponte entre a criança e o mundo exterior, facilitando sua integração e promovendo um ambiente acolhedor e compreensivo.
❤️ Como apoiar a partir de casa? Aqui vão algumas orientações importantes para fortalecer esse papel tão valioso:
✅ Escutar e observar com atenção e sem julgamentos:
Cada progresso, por menor que pareça, é uma vitória que merece ser reconhecida. Observar com cuidado permite identificar necessidades, interesses e mudanças que ajudam a guiar o acompanhamento. A aceitação incondicional e a ausência de críticas são essenciais para criar um ambiente seguro e afetuoso.
✅ Celebrar cada conquista:
Reforçar os avanços motiva, gera confiança e contribui para construir uma autoestima sólida. As comemorações podem ser simples, mas devem ser significativas — mostrando à criança que seu esforço é valorizado e que cada passo importa em seu caminho.
✅ Manter rotinas estáveis e usar apoios visuais:
As rotinas trazem segurança e ajudam a reduzir a ansiedade. Já os apoios visuais preparam a criança para o que está por vir, facilitando a compreensão e adaptação às mudanças. Isso dá previsibilidade e organização ao dia a dia.
✅ Buscar aprender continuamente sobre o autismo:
Informar-se e se atualizar sobre as características, desafios e potencialidades do autismo ajuda as famílias a responderem melhor às necessidades da criança. Uma família bem informada oferece um ambiente mais sensível, inclusivo e adequado para seu desenvolvimento.
✅ Pedir ajuda quando for necessário:
Ninguém precisa enfrentar esse caminho sozinho. Existem profissionais, grupos de apoio, redes de famílias e organizações que oferecem recursos, acolhimento e orientação em todas as etapas. Pedir ajuda é um ato de força e responsabilidade.
📢 É fundamental entender que o diagnóstico não é um ponto final — é o começo de uma jornada repleta de possibilidades, recursos e ferramentas que podem permitir que cada pessoa autista desenvolva seu potencial e leve uma vida plena e satisfatória.
👦 Adolescência e Autismo
A adolescência é uma fase especialmente complexa e cheia de mudanças para todas as pessoas. Mas, para quem está no espectro autista, esses anos podem trazer desafios adicionais que impactam o aspecto emocional, social e físico. Trata-se de um período de transformações profundas, que exige um acompanhamento sensível, respeitoso e adaptado às necessidades de cada adolescente para favorecer seu bem-estar e desenvolvimento saudável.
🔍 Alguns pontos importantes que devem ser considerados nessa fase:
✅ Mudanças hormonais que aumentam a sensibilidade:
As alterações hormonais típicas da adolescência podem intensificar a sensibilidade sensorial e emocional, fazendo com que certas situações sejam percebidas com mais intensidade ou desconforto. Isso pode resultar em crises ou episódios de ansiedade que precisam ser acolhidos com empatia e estratégias adequadas de regulação.
✅ Vulnerabilidade na autoestima:
É comum que adolescentes autistas se sintam incompreendidos ou pouco aceitos pelo seu entorno, o que pode afetar negativamente sua autoestima e percepção de si. É essencial oferecer um ambiente onde se sintam valorizados, compreendidos e apoiados em suas particularidades.
✅ Abordagem clara de temas delicados:
Assuntos como corpo, privacidade, emoções e relacionamentos precisam ser tratados com sinceridade, sensibilidade e de maneira adequada à sua compreensão, para que o adolescente possa lidar com essas questões de forma segura e saudável.
✅ Equilíbrio entre espaço e acompanhamento:
É fundamental respeitar o desejo de autonomia e expressão pessoal do adolescente, mantendo ao mesmo tempo uma presença acolhedora: alguém que escute sem invadir, que acompanhe sem pressionar e que respeite seu tempo e suas decisões.
⚖️ Esse equilíbrio entre independência e apoio é essencial para garantir uma transição positiva para a vida adulta, promovendo um desenvolvimento integral e um bem-estar emocional duradouro.


💼 Autismo e Trabalho


As pessoas autistas têm pleno direito e capacidade de se inserir no mundo do trabalho, desde que os ambientes profissionais sejam acessíveis, inclusivos e livres de preconceitos. Incluir a diversidade nas empresas não apenas enriquece a cultura organizacional, mas também impulsiona a inovação, a criatividade e o engajamento de toda a equipe.
🏢 O que as empresas podem fazer para facilitar essa inclusão no trabalho?
✅ Oferecer processos seletivos mais estruturados e claros:
É importante criar entrevistas e avaliações que reduzam a incerteza e a ansiedade, permitindo que a pessoa demonstre suas verdadeiras habilidades e competências sem se sentir pressionada ou desconfortável.
✅ Adaptar o ambiente de trabalho:
Levar em conta possíveis hipersensibilidades sensoriais, ajustando a iluminação, diminuindo ruídos excessivos, criando espaços tranquilos ou áreas de descanso. Isso contribui para um ambiente mais confortável e adequado.
✅ Respeitar rotinas e tempos:
Compreender que algumas pessoas precisam de horários e pausas específicas para trabalhar com mais tranquilidade e eficiência. Oferecer essa flexibilidade favorece o desempenho e o bem-estar.
✅ Valorizar habilidades específicas:
Reconhecer e aproveitar talentos particulares como atenção aos detalhes, memória diferenciada, criatividade, pensamento lógico ou capacidade analítica. Essas competências podem ser valiosas para diferentes funções e projetos dentro da organização.
🎯 A verdadeira inclusão no trabalho começa com respeito genuíno, empatia profunda e o compromisso de construir espaços onde todas as pessoas possam contribuir, crescer e se desenvolver plenamente, fortalecendo um ambiente diverso, justo e enriquecedor para todes.


“Toda a minha vida me senti diferente e não sabia por quê. Receber o diagnóstico foi um alívio. Hoje entendo minha forma de ver o mundo e aprendi a respeitá-la. Não quero mudar, quero ser eu com apoios reais.” — Lucía, 27 anos – diagnosticada aos 25






“Eu tive medo de não saber como acompanhar meu aluno com autismo. Mas aprendi que o mais importante é ouvi-lo, respeitar seu tempo e não forçá-lo. Sua forma de aprender é diferente, não inferior.” — Leandro, professor de educação infantil
“No começo eu senti medo. Não sabia o que era o autismo. Mas com o tempo, entendi que não é uma tragédia, é uma forma diferente de ser. Meu filho me ensina todos os dias a olhar o mundo com outros olhos.” — Miriam, mãe do Tomi (8 anos)
Trabalhar com crianças autistas é uma experiência de aprendizado constante. Elas me ensinam todos os dias sobre resiliência, criatividade e sensibilidade.” — Valeria, terapeuta ocupacional
💬 Testemunho de uma pessoa autista
💬 Depoimento de uma pessoa autista empregada
💬 Testemunho de uma mãe
💬 Testemunho de um docente
💬 Testemunho de uma terapeuta ocupacional


Consegui meu primeiro emprego graças a uma empresa que me deu a oportunidade de mostrar o que sei fazer. Não preciso que tenham pena de mim, só que me respeitem e me deem as ferramentas.
— — David, 32 anos, empregado em TI
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